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Setor Oeste

Decisões que devem impactar processos em todo país estão na pauta do STJ

Decisões que devem impactar processos em todo país estão na pauta do STJ

15 set 2021

Os casos devem ser julgados até o fim do segundo semestre de 2021

Mesmo com as limitações impostas pela pandemia de Covid-19, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrou o primeiro semestre de 2021 julgando mais de 70 mil processos a mais do que o previsto. E este é o ritmo que Corte pretende manter até o fim do ano.

Para os próximos meses, pautas relevantes devem entrar em análise, com impacto em milhares de processos por todo o país, desde casos envolvendo agentes políticos a julgamentos sobre questões inéditas em várias áreas do direito.

Entre as ações, está a discussão sobre o novo marco legal do saneamento, se ele viola a autonomia federativa, ao condicionar o apoio da União à observância dos seus dispositivos, e ao conferir à Agência Nacional das Águas (ANA) a competência para criar normas de caráter regulamentador, o que seria reservado aos municípios.

A previsão é de julgamento também sobre a validação do aditamento de petição inicial de ação por improbidade administrativa para incluir o pedido de danos morais sofridos pela Petrobras em razão dos episódios investigados na operação Lava Jato.

As construtoras acusadas de improbidade nas fraudes contra a estatal recorrem da decisão que admitiu o aditamento. No entanto, a Petrobras sustenta que a celebração de acordo de leniência por algumas das empresas rés não prejudica a sua pretensão de ver reparados os danos morais decorrentes do abalo de imagem sofrido por ela.

Outra análise que deve passar pela Corte nos próximos meses é a aplicação do prazo anual de prescrição em todas as pretensões que envolvam interesses de segurado e segurador em contrato de seguro. O julgamento foi suspenso em junho por pedido de vista de um dos ministros.

O Supremo discutirá, ainda, sobre a penhora de verba alimentar em ação de improbidade do Estado de Rondônia. O processo questiona suposta divergência de interpretação a respeito da possibilidade de penhora de verba de natureza alimentar para satisfazer multa civil fixada em ação de improbidade administrativa. Em 2018, a 2ª Turma afirmou que a verba alimentar é impenhorável, conforme já consolidado em recurso repetitivo.

O STJ é composto por 33 ministros, que se dividem internamente para julgar a maioria das matérias em órgãos especializados. Já a Corte Especial reúne os 15 ministros mais antigos do Tribunal e julga as ações penais contra governadores e outras autoridades. Ela é responsável por decidir, ainda, recursos quando há interpretação divergente entre os órgãos especializados do Tribunal. Os julgamentos do segundo semestre deste ano tiveram início no dia 14 de agosto.

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