O dever do proprietário de notificar o arrendatário nos contratos de arrendamento rural
10 fev 2023
Goiânia, GO
Setor Oeste
Em entrevista ao jornal O Popular e ao site A Redação, Dyogo Crosara, afirmou que processo eleitoral deste ano tende a ter caráter mais plebiscitário, e que número de ações judiciais deve aumentar
A recente decisão pelo adiamento das Eleições Municipais 2020 tem mexido com o cenário político do país. São teses que vão desde a tendência a eleição de candidatos de acordo com suas ações de enfrentamento à pandemia de Covid-19, resultados com menos renovação política, até críticas a mudança do dia de votação e não da data de diplomação e posse, o que pode prejudicar alguns candidatos tendo em vista que alguns podem não ter a candidatura deferida pela Justiça Eleitoral.
O assunto abordado em reportagem do jornal O Popular, que trouxe entrevista com o advogado especialista em Direito Eleitoral, Dyogo Crosara. Para ele, mesmo com regras eleitorais mais flexíveis para a pré-campanha, será difícil para um candidato “outsider” conseguir chegar ao eleitor. “Por isso, acho que haverá muita comparação entre gestões: será prefeito contra ex-prefeito, isto é, pessoas já conhecidas”, disse.
O advogado afirmou, ainda, que a eleição deve ser marcada por processos na Justiça. Segundo ele, a própria pré-campanha tem mostrado isso. “Em alguns municípios já começou a ter ações por propaganda antecipada, mesmo com o novo entendimento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de que, para ter propaganda antecipada, é preciso ter pedido explícito de voto”, salientou.
Menos renovação
Em entrevista ao site A Redação, o advogado afirmou que as alterações devem permitir também que outros candidatos tenham tempo e condições de se expor. “Está todo mundo escondido, sem poder se mostrar. Vejo uma tendência de essas eleições terem um caráter plebiscitário, em que a população vai decidir se concorda ou não com a atuação dos prefeitos diante da pandemia. O adiamento minimiza isso, mas não vejo muito espaço para a renovação”, opinou o especialista.
As eleições deste ano foram adiadas de outubro para novembro. Além disso, houve ainda outras mudanças, como as convenções partidárias, que serão virtuais; a ausência da identificação por biometria no dia da votação; entre outras alterações no calendário eleitoral.