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Setor Oeste

Pandemia acelera pedidos de recuperação judicial

Pandemia acelera pedidos de recuperação judicial

01 abr 2021

Pesquisa mostra aumento em todo o país. Somente em Goiás, o índice já chega a 166% este ano na comparação com 2020

A pandemia do novo coronavírus tem afetado não só a saúde, com os casos da doença que não param de aumentar. Outra área que tem amargado prejuízos também é a economia. Os decretos com restrições de funcionamento das atividades comerciais, por exemplo, têm levado muitas empresas a queda drásticas nos rendimentos.

Com isso, na tentativa de evitar o fechamento e buscar uma restauração, muitos empreendedores tem optado pela recuperação judicial. O processo envolve um plano para tentar evitar que uma empresa quebre, colaborando não só com os donos do negócio, mas também com os trabalhadores e até mesmo clientes, tendo em vista que nesses casos as atividades não param.

No Brasil, os pedidos de recuperação judicial subiram de 81 para 90 em fevereiro de 2021, um crescimento de 11,1% em comparação ao mesmo período de 2020. Somente em janeiro, a alta foi de 83,7%. Os dados são do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, que mostraram, ainda, que os micro e pequenos negócios são os mais contribuíram para o aumento, já que no ano a ano as solicitações dessas empresas cresceram cerca de 34%, enquanto os demais portes marcaram quedas.

Em Goiás, este ano, o aumento já foi de 166% comparado ao ano passado. Oito empresas recorreram a ferramenta de proteção até o momento, diferente de apenas três em 2020. Entre as razões para entrada no processo são os vencimentos de dívidas postergadas e a falta de medidas de apoio.

Nova lei

Recentemente, a nova Lei de Recuperação Judicial e Falências (14.112/2020) entrou em vigor para ajudar essas empresas em dificuldades. Além do parcelamento e do desconto para pagamento de dívidas tributárias, possibilita aos credores apresentar plano de recuperação dos devedores.

O objetivo da reestruturação foi facilitar a retomada das atividades de empresas em dificuldade, mantendo o emprego na cadeia produtiva e acelerando a recuperação das mesmas. Com ela, há a possibilidade também de solicitação de empréstimos, com autorização judicial, que podem ter como garantia os bens pessoais do devedor.