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Setor Oeste

Eleições 2020: candidatos devem enfrentar dificuldades para chegar ao eleitor

Eleições 2020: candidatos devem enfrentar dificuldades para chegar ao eleitor

02 out 2020

Durante live da Rádio CBN Goiânia, advogado Dyogo Crosara falou dos desafios do pleito deste ano frente aos limites impostos pelas novas resoluções

Faltando menos de 45 dias para as Eleições 2020, os candidatos iniciaram a campanha eleitoral, mas as discussões sobre as regras para o processo deste ano continuam. Sobre o assunto, o advogado especialista em Direito Eleitoral, Dyogo Crosara, conversou com o âncora da Rádio CBN Goiânia, Luiz Geraldo, durante uma live na quinta-feira, 1º.

O foco do bate-papo foram as mudanças em detrimento da pandemia de Covid-19, que trouxe novas resoluções para o pleito deste ano, a começar pelo adiamento do dia da votação, de 4 de outubro para 15 de novembro (primeiro turno). Todas as medidas sanitárias adotadas para evitar a propagação do novo coronavírus, além de outras alterações que acontecem a cada eleição, preocupam partidos e candidatos, tendo em vista a dificuldade de chegar até o eleitor.

“A propaganda vai ser muito restrita. Talvez quem fala pela rede social não conseguirá mostrar a sua essência como candidato e, principalmente, não chegará à população que não tem acesso à internet, que ainda é um grande número”, afirma Crosara. Para ele, este é um momento em que é necessário que os juízes entendam a necessidade de propaganda eleitoral e não a impeçam.

Diante de tantos limites, os candidatos precisarão aproveitar instrumentos, como o carro de som, para sair e falar com comunidade; fazer passeatas; reuniões em locais abertos e com distanciamento social; e as redes sociais. “Em cidades maiores, os candidatos vão ficar mais no ambiente virtual. No interior, a tendência é que o corpo a corpo aconteça da mesma forma, o que será importante”, reitera.

O especialista ressalta, ainda, que o candidato não pode ter apenas uma ferramenta. Ele precisa usar todos os recursos disponíveis, incluindo os debates que serão fundamentais para definir essa situação.

Este ano, a expectativa é de um aumento da eleição de representantes de nichos sociais, como igrejas, associações, militares etc. “E isso acontece por causa de toda essa restrição em relação à propaganda, o que contribui também para a compra de votos. Por isso, é preciso repensar esse modelo”, argumenta. Isso deve gerar também uma menor renovação dos cargos eletivos. “O eleitor fará a opção pelo candidato antigo, quem ele já conhece”

Fake News

Outro desafio tanto para a Justiça Eleitoral quanto para partidos e candidatos são as notícias falsas, conhecidas como fake news. O advogado lembra que a legislação brasileira é muito clara e garante a retirada desse tipo de notícia de veiculação. No entanto, este não é o problema, mas, sim, a velocidade com que ela se propagada em relação à celeridade do Judiciário.

“A chave da questão é o próprio candidato responder essas notícias e eliminar o problema de forma imediata, não somente aguardando definição judicial”, pontua o especialista. O TSE também fechou com empresas de checagem e publicará no seu site informando quando a notícia não for verdadeira.

Abstenção de votos

As limitações deste ano devem inibir o eleitor de exercer a sua cidadania e votar. A abstenção tende ser ainda maior pela facilidade de fazer a justificativa, pelo celular, utilizando o aplicativo da Justiça Eleitoral, o e-título.

O advogado Dyogo Crosara salientou a importância do voto mesmo em tempos de pandemia e com todas as dificuldades do processo eleitoral deste ano, lembrando de todo aparato preparado pela Justiça Eleitoral para o dia da votação. “A consequência de não votar pode ser muito grande”, destacou.