Levantamento do Tribunal de Justiça de Goiás aponta que, entre 2015 e 2017, mais de 150 empresas goianas entraram com pedido de auxílio à Justiça

Diante da crise econômica acentuada a partir de 2015, grandes empresas em todo o País precisaram de suporte judicial para sair do vermelho. Praticamente todas as indústrias foram atingidas. São inúmeros os casos que vão desde o ramo de construção civil, passando por livrarias, até empresas de serviços em lazer e turismo, entre tantas outras áreas de atuação.

Em Goiás, também foi grande o impacto da instabilidade do cenário político-financeiro que atingiu o Brasil. Marcas de renome em todo o Estado entraram em recuperação judicial em busca de uma completa reestruturação, para que pudessem continuar operando e, principalmente, para que possam voltar a operar normalmente após o processo de reorganização financeira.

Levantamento publicado pelo Tribunal de Justiça de Goiás aponta variação no número de pedidos de recuperação ingressados entre 2015 e 2017. Em 2015, 37 empresas pediram socorro a Justiça. No ano seguinte, foram 80. Os pedidos caíram para 38 em 2017, totalizando, apenas no período de três anos 155 casos.

Restaurantes como Kabanas e Piquiras, Frigorífico JJZ e a montadora de geradores de energia Stemac, estão entre os casos mais relevantes. Com unidade fabril na cidade de Itumbiara, a Stemac é hoje a maior recuperação judicial do Estado. Ao todo, a empresa acumulou R$ 650 milhões em dívidas de várias naturezas e teve o pedido de recuperação aceito pelo Judiciário há oito meses. Dentre as próximas fases do processo, o administrador judicial do caso, advogado Dyogo Crosara, explica que a empresa apresentará a segunda lista de credores em breve e que, até agora, são positivos os sinais do processo de reorganização.

Outros casos

Em relação às demais empresas citadas, o restaurante Piquiras teve o plano de recuperação judicial homologado. Já o restaurante Kabanas e o frigorífico JJZ preparam caixa para cumprir o plano de recuperação quando for homologado.

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